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Roda da Fortuna Mitologia Completa



Descubra o simbolismo da Roda da Fortuna no Tarot, dos ciclos hindus aos destinos romanos. Mudança, sorte e destino.

As cartas de tarot são repletas de simbolismos que transcendem culturas e eras. Elas carregam significados profundos e misteriosos que vão além das imagens superficiais. Neste artigo, exploraremos o simbolismo mitológico presente na carta da Roda da Fortuna, destacando elementos de várias mitologias e religiões, dispostos em ordem cronológica.


A Roda da Fortuna no Tarot

A Roda da Fortuna é a carta número dez do tarot, representando ciclos, destino, sorte e mudanças inevitáveis. Tradicionalmente, a carta mostra uma roda girando, com figuras ascendendo e descendendo, simbolizando a natureza cíclica da vida e as forças do destino que estão além do controle humano.


Mitologia Mesopotâmica (c. 3000 a.C. - 500 a.C.)

Na antiga Mesopotâmia, a deusa Ishtar (ou Inanna) é frequentemente associada à sorte e aos ciclos de vida, morte e renascimento. Ishtar é a deusa do amor, fertilidade e guerra, e suas mudanças de estado simbolizam os altos e baixos da vida. A Roda da Fortuna, com seu foco em ciclos e mudanças, pode ser associada a Ishtar, que simboliza a natureza cíclica da existência e a inevitabilidade da mudança.


Mitologia Egípcia (c. 2700 a.C. - 30 a.C.)

Na mitologia egípcia, o conceito de Maat, a deusa da verdade, justiça e ordem cósmica, representa o equilíbrio e a harmonia do universo. A ideia de Maat envolve a compreensão de que o universo é regido por ciclos e ordem, e que tudo está interconectado. A Roda da Fortuna, com seu tema de ciclos e destino, ressoa com Maat, que simboliza a ordem cósmica e a inevitabilidade dos ciclos naturais.


Mitologia Hindu (c. 1500 a.C. - presente)

Na tradição hindu, o conceito de Samsara representa o ciclo interminável de nascimento, morte e renascimento. Este ciclo é governado pelo karma, a lei de causa e efeito. A imagem da Roda da Fortuna, com seu foco em ciclos e destino, pode ser associada ao conceito de Samsara, que simboliza a natureza cíclica da existência e a inevitabilidade das mudanças.


Mitologia Chinesa (c. 1600 a.C. - presente)

Na mitologia chinesa, o conceito de Yin e Yang representa a dualidade e a interdependência de opostos. Esta filosofia enfatiza o equilíbrio e os ciclos naturais da vida, como a alternância entre luz e escuridão, atividade e repouso. A imagem da Roda da Fortuna, com seu tema de ciclos e mudança, ressoa com o conceito de Yin e Yang, que simboliza a natureza cíclica e equilibrada do universo.


Mitologia Grega (c. 1200 a.C. - 146 a.C.)

Na mitologia grega, a deusa Fortuna (ou Tique) é a personificação da sorte e do destino. Ela é frequentemente representada com uma roda, simbolizando a natureza imprevisível da sorte e os altos e baixos da vida. A carta da Roda da Fortuna, com seu tema de ciclos e destino, ressoa diretamente com Fortuna, que simboliza a sorte e a inevitabilidade das mudanças na vida.


Mitologia Celta (c. 800 a.C. - 400 d.C.)

Na mitologia celta, a deusa Arianrhod é associada à roda do ano e aos ciclos de vida e morte. Arianrhod, cujo nome significa "Roda de Prata", simboliza os ciclos naturais e as mudanças inevitáveis que ocorrem com o passar do tempo. A Roda da Fortuna, com seu foco em ciclos e destino, pode ser comparada à energia de Arianrhod, que representa a natureza cíclica da vida e a inevitabilidade da mudança.


Mitologia Romana (c. 753 a.C. - 476 d.C.)

Na mitologia romana, Fortuna é a deusa da sorte e do destino, frequentemente representada com uma roda, simbolizando a natureza volátil e imprevisível da sorte. A carta da Roda da Fortuna, com seu tema de ciclos e destino, ressoa com Fortuna, que simboliza a sorte e a inevitabilidade das mudanças na vida.


Mitologia Nórdica (c. 800 d.C. - 1300 d.C.)

Na mitologia nórdica, as Nornas são figuras que governam o destino e o curso da vida. Elas tecem os fios do destino e simbolizam a inevitabilidade das mudanças e dos ciclos de vida. A imagem da Roda da Fortuna, com seu tema de ciclos e destino, pode ser vista como uma representação das Nornas, que simbolizam a inevitabilidade e a interconexão dos destinos.


Mitologia Japonesa (c. 500 d.C. - presente)

Na mitologia japonesa, o conceito de Karma é importante e está relacionado à lei de causa e efeito. As ações de uma pessoa determinam seu destino em ciclos de vida, morte e renascimento. A imagem da Roda da Fortuna, com seu foco em ciclos e destino, ressoa com o conceito de Karma, que simboliza a natureza cíclica e inevitável das consequências das ações.


Mitologia Asteca (c. 1300 d.C. - 1521 d.C.)

Na mitologia asteca, Ometecuhtli e Omecihuatl, o casal divino primordial, representam a dualidade e o equilíbrio do universo. Eles são responsáveis pela criação e pelo ciclo contínuo de nascimento, morte e renascimento. A carta da Roda da Fortuna, com seu tema de ciclos e destino, ressoa com a energia de Ometecuhtli e Omecihuatl, que simbolizam a natureza cíclica da vida e a inevitabilidade das mudanças.


Tradição Católica (c. 30 d.C. - presente)

No catolicismo, a figura de Santa Catarina de Alexandria é frequentemente associada à roda, devido à sua martírio em uma roda de tortura. Ela representa a resiliência e a fé diante das adversidades e das mudanças inevitáveis do destino. A imagem da Roda da Fortuna, com seu tema de ciclos e destino, pode ser associada a Santa Catarina, que simboliza a força e a aceitação das mudanças da vida.


Mitologia Afro-brasileira (c. 1500 d.C. - presente)

Na mitologia afro-brasileira, Exu é o orixá mensageiro e guardião das encruzilhadas. Ele é conhecido por sua natureza imprevisível e por ser o intermediário entre os mundos, simbolizando a mudança e os ciclos da vida. A Roda da Fortuna, com seu foco em ciclos e destino, ressoa com a energia de Exu, que simboliza a transformação e a natureza cíclica da existência.


Conclusão


A Roda da Fortuna é uma carta rica em simbolismo mitológico, oferecendo uma perspectiva profunda sobre ciclos, destino, sorte e mudanças inevitáveis. Através das lentes das mitologias mesopotâmica, egípcia, hindu, chinesa, grega, celta, romana, nórdica, japonesa, asteca, afro-brasileira e da tradição católica, podemos ver como este arcano maior se conecta a temas universais de sorte e destino. Ao compreender esses símbolos, ganhamos uma visão mais rica e matizada das mensagens que o tarot tem a oferecer.

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