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O Louco Mitologia Completa



Explore o simbolismo mitológico do Louco no Tarot, desde Mesopotâmia até Afro-brasileira. Novos começos, aventura e a jornada do herói.

As cartas de tarot são repletas de simbolismos que transcendem culturas e eras. Elas carregam significados profundos e misteriosos que vão além das imagens superficiais. Neste artigo, exploraremos o simbolismo mitológico presente na carta do Louco, destacando elementos de várias mitologias e religiões, dispostos em ordem cronológica.


O Louco no Tarot

O Louco é a carta número zero do tarot, representando novos começos, aventura, espontaneidade e a jornada do herói. Tradicionalmente, a carta mostra uma figura jovem e despreocupada, muitas vezes com uma trouxa sobre o ombro, prestes a dar um passo à beira de um penhasco, simbolizando a confiança, a inocência e a abertura para novas experiências.


Mitologia Mesopotâmica (c. 3000 a.C. - 500 a.C.)

Na antiga Mesopotâmia, Enkidu, o companheiro de Gilgamesh, pode ser visto como uma figura do Louco. Originalmente criado pelos deuses para ser um rival de Gilgamesh, Enkidu vive em harmonia com os animais antes de ser civilizado e partir em aventuras com Gilgamesh. Sua transformação e jornada simbolizam o espírito aventureiro e a abertura para novas experiências.


Mitologia Egípcia (c. 2700 a.C. - 30 a.C.)

Na mitologia egípcia, o deus Bes é uma figura que pode ser associada ao Louco. Bes é o deus da casa, do parto e dos recém-nascidos, e é frequentemente retratado de maneira divertida e protetora, com um aspecto excêntrico e despreocupado. Ele simboliza a alegria, a proteção e a espontaneidade, qualidades que ressoam com o Louco.


Mitologia Hindu (c. 1500 a.C. - presente)

Na tradição hindu, Krishna, em sua juventude, é frequentemente retratado como uma figura travessa e aventureira. Suas travessuras e aventuras na infância simbolizam a inocência, a alegria e a abertura para novas experiências. O Louco, com seu foco em novos começos e espontaneidade, pode ser visto como uma homenagem a Krishna, que simboliza a alegria e a aventura juvenil.


Mitologia Chinesa (c. 1600 a.C. - presente)

Na mitologia chinesa, o personagem Sun Wukong, o Rei Macaco do "Jornada ao Oeste", é uma figura que pode ser associada ao Louco. Sun Wukong é conhecido por sua natureza travessa, suas aventuras e sua busca incessante por imortalidade e sabedoria. Ele representa a espontaneidade, a curiosidade e a coragem de explorar novos horizontes.


Mitologia Grega (c. 1200 a.C. - 146 a.C.)

Na mitologia grega, Dionísio, o deus do vinho e das festas, é uma figura que simboliza a liberdade, a alegria e a ruptura com as convenções sociais. Dionísio representa a espontaneidade, a celebração e a busca por experiências novas e intensas. A carta do Louco, com seu tema de aventura e novos começos, ressoa com a energia de Dionísio.


Mitologia Celta (c. 800 a.C. - 400 d.C.)

Na mitologia celta, Puck (ou Robin Goodfellow), uma figura da tradição folclórica britânica, é conhecido por sua natureza travessa e brincalhona. Ele é frequentemente associado à espontaneidade e à alegria. O Louco, com seu foco em aventura e novas experiências, pode ser comparado à energia de Puck, que simboliza a alegria e a liberdade.


Mitologia Romana (c. 753 a.C. - 476 d.C.)

Na mitologia romana, o deus Mercúrio, mensageiro dos deuses, é uma figura que representa a travessura, a agilidade e a capacidade de explorar novos caminhos. Mercúrio é conhecido por sua habilidade de se mover rapidamente entre diferentes mundos, simbolizando a curiosidade e a vontade de experimentar. A carta do Louco, com seu tema de novos começos e espontaneidade, ressoa com a energia de Mercúrio.


Mitologia Nórdica (c. 800 d.C. - 1300 d.C.)

Na mitologia nórdica, Loki é uma figura que pode ser associada ao Louco. Loki é o deus da travessura e da transformação, conhecido por suas artimanhas e sua capacidade de desafiar as convenções. Ele simboliza a espontaneidade, a mudança e a abertura para novas possibilidades. A imagem do Louco, com seu tema de aventura e novos começos, ressoa com a energia de Loki.


Mitologia Japonesa (c. 500 d.C. - presente)

Na mitologia japonesa, Susanoo é o deus das tempestades e do mar, frequentemente retratado como uma figura imprevisível e aventureira. Suas ações muitas vezes causam caos, mas também resultam em novos começos e transformações. A imagem do Louco, com seu tema de aventura e espontaneidade, pode ser associada a Susanoo, que simboliza a mudança e a abertura para novas experiências.


Mitologia Asteca (c. 1300 d.C. - 1521 d.C.)

Na mitologia asteca, Tezcatlipoca é uma figura associada à mudança, à travessura e à transformação. Ele é um deus complexo que representa o inesperado e a capacidade de trazer novas possibilidades através da ruptura das normas. O Louco, com seu foco em novos começos e aventura, ressoa com a energia de Tezcatlipoca, que simboliza a mudança e a transformação.


Tradição Católica (c. 30 d.C. - presente)

No catolicismo, São Francisco de Assis pode ser visto como uma figura que encarna aspectos do Louco. Ele abandonou uma vida de riqueza para seguir um caminho de simplicidade e devoção, simbolizando a coragem de buscar novos caminhos e a abertura para novas experiências. A imagem do Louco, com seu tema de aventura e novos começos, ressoa com a história de São Francisco de Assis, que simboliza a busca por uma vida de autenticidade e propósito.


Mitologia Afro-brasileira (c. 1500 d.C. - presente)

Na mitologia afro-brasileira, Exu é o orixá mensageiro, conhecido por sua natureza travessa e imprevisível. Ele é associado à comunicação, às encruzilhadas e à abertura de novos caminhos. O Louco, com seu foco em aventura e espontaneidade, ressoa com a energia de Exu, que simboliza a mudança, a transformação e a capacidade de explorar novos horizontes.


Conclusão

O Louco é uma carta rica em simbolismo mitológico, oferecendo uma perspectiva profunda sobre novos começos, aventura, espontaneidade e a jornada do herói. Através das lentes das mitologias mesopotâmica, egípcia, hindu, chinesa, grega, celta, romana, nórdica, japonesa, asteca, afro-brasileira e da tradição católica, podemos ver como este arcano maior se conecta a temas universais de curiosidade, transformação e abertura para novas experiências. Ao compreender esses símbolos, ganhamos uma visão mais rica e matizada das mensagens que o tarot tem a oferecer.k

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