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O Julgamento Mitologia Completa



Explore o simbolismo do Julgamento no Tarot, das ressurreições egípcias aos renascimentos cristãos. Despertar, renovação e redenção.

As cartas de tarot são repletas de simbolismos que transcendem culturas e eras. Elas carregam significados profundos e misteriosos que vão além das imagens superficiais. Neste artigo, exploraremos o simbolismo mitológico presente na carta do Julgamento, destacando elementos de várias mitologias e religiões, dispostos em ordem cronológica.


O Julgamento no Tarot

O Julgamento é a carta número vinte do tarot, representando renascimento, absolvição, despertar e avaliação. Tradicionalmente, a carta mostra figuras emergindo de seus túmulos ao som da trombeta do anjo, simbolizando a ressurreição e o chamado para um novo começo. A carta enfatiza a importância de revisar e refletir sobre ações passadas para alcançar um estado de renovação espiritual.


Mitologia Mesopotâmica (c. 3000 a.C. - 500 a.C.)

Na antiga Mesopotâmia, a deusa Ereshkigal é a governante do submundo e responsável pelo julgamento das almas dos mortos. Ela supervisiona a transição das almas e seu destino final. A carta do Julgamento, com seu tema de renascimento e avaliação, pode ser associada a Ereshkigal, que simboliza a justiça e o julgamento no além.


Mitologia Egípcia (c. 2700 a.C. - 30 a.C.)

Na mitologia egípcia, o deus Osíris é o governante do submundo e o juiz dos mortos. Ele preside o julgamento das almas, onde o coração dos mortos é pesado contra a pena de Maat, a deusa da verdade. A carta do Julgamento, com seu foco em avaliação e renascimento, ressoa com Osíris, que simboliza a justiça e o renascimento espiritual.


Mitologia Hindu (c. 1500 a.C. - presente)

Na tradição hindu, Yama é o deus da morte e o juiz dos mortos. Ele é responsável por avaliar as ações das almas e determinar seu destino após a morte. A imagem do Julgamento, com seu tema de avaliação e renascimento, pode ser vista como uma homenagem a Yama, que simboliza a justiça e o julgamento no além.


Mitologia Chinesa (c. 1600 a.C. - presente)

Na mitologia chinesa, Yan Luo Wang é o deus do submundo e o juiz dos mortos. Ele decide o destino das almas com base em suas ações durante a vida. A carta do Julgamento, com seu foco em avaliação e renascimento, ressoa com Yan Luo Wang, que simboliza a justiça e o julgamento espiritual.


Mitologia Grega (c. 1200 a.C. - 146 a.C.)

Na mitologia grega, Hades, o deus do submundo, é assistido por três juízes: Minos, Éaco e Radamanto, que julgam as almas dos mortos. Eles determinam o destino das almas com base em suas ações durante a vida. A carta do Julgamento, com seu tema de avaliação e renascimento, ressoa com esses juízes, que simbolizam a justiça e o julgamento no além.


Mitologia Celta (c. 800 a.C. - 400 d.C.)

Na mitologia celta, a deusa Morrigan é associada à morte, à guerra e à justiça. Ela é uma figura que supervisiona a transição das almas e o julgamento no além. A imagem do Julgamento, com seu tema de avaliação e renascimento, pode ser comparada à energia de Morrigan, que simboliza a justiça e o renascimento espiritual.


Mitologia Romana (c. 753 a.C. - 476 d.C.)

Na mitologia romana, Plutão (equivalente a Hades na mitologia grega) é o governante do submundo e responsável pelo julgamento das almas dos mortos. Ele simboliza a justiça e a transição das almas para o além. A carta do Julgamento, com seu tema de avaliação e renascimento, ressoa com Plutão, que simboliza a justiça e o julgamento no além.


Mitologia Nórdica (c. 800 d.C. - 1300 d.C.)

Na mitologia nórdica, Hel é a deusa do submundo e responsável pelo destino das almas dos mortos. Ela simboliza a transição e o julgamento das almas. A imagem do Julgamento, com seu tema de avaliação e renascimento, pode ser vista como uma representação das qualidades de Hel, que simboliza a justiça e o julgamento no além.


Mitologia Japonesa (c. 500 d.C. - presente)

Na mitologia japonesa, Enma-O (ou Yama), é o juiz dos mortos e responsável por avaliar as ações das almas e determinar seu destino. Ele é uma figura que simboliza a justiça e o julgamento no além. A carta do Julgamento, com seu foco em avaliação e renascimento, ressoa com Enma-O, que simboliza a justiça e o julgamento espiritual.


Mitologia Asteca (c. 1300 d.C. - 1521 d.C.)

Na mitologia asteca, Mictlantecuhtli é o deus do submundo e responsável pelo julgamento das almas dos mortos. Ele supervisiona a transição das almas e seu destino final. A carta do Julgamento, com seu tema de avaliação e renascimento, ressoa com Mictlantecuhtli, que simboliza a justiça e o julgamento no além.


Tradição Católica (c. 30 d.C. - presente)

No catolicismo, o Arcanjo Miguel é frequentemente associado ao julgamento das almas no dia do Juízo Final. Ele é responsável por pesar as almas e determinar seu destino eterno. A imagem do Julgamento, com seu tema de avaliação e renascimento, pode ser associada ao Arcanjo Miguel, que simboliza a justiça e o julgamento divino.


Mitologia Afro-brasileira (c. 1500 d.C. - presente)

Na mitologia afro-brasileira, Obaluaiê é o orixá da doença e da cura, associado à justiça e ao julgamento das almas. Ele é uma figura de grande poder e autoridade, simbolizando a justiça e o renascimento espiritual. A carta do Julgamento, com seu foco em avaliação e renascimento, ressoa com a energia de Obaluaiê, que simboliza a justiça e o julgamento no além.


Conclusão


O Julgamento é uma carta rica em simbolismo mitológico, oferecendo uma perspectiva profunda sobre renascimento, absolvição, despertar e avaliação. Através das lentes das mitologias mesopotâmica, egípcia, hindu, chinesa, grega, celta, romana, nórdica, japonesa, asteca, afro-brasileira e da tradição católica, podemos ver como este arcano maior se conecta a temas universais de justiça e renascimento espiritual. Ao compreender esses símbolos, ganhamos uma visão mais rica e matizada das mensagens que o tarot tem a oferecer.

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