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O Diabo Mitologia Completa



Conheça o simbolismo do Diabo no Tarot, das tentações cristãs às travessuras nórdicas. Desejo, ilusão e libertação.

As cartas de tarot são repletas de simbolismos que transcendem culturas e eras. Elas carregam significados profundos e misteriosos que vão além das imagens superficiais. Neste artigo, exploraremos o simbolismo mitológico presente na carta do Diabo, destacando elementos de várias mitologias e religiões, dispostos em ordem cronológica.


O Diabo no Tarot

O Diabo é a carta número quinze do tarot, representando tentação, materialismo, ilusão, e o lado sombrio da natureza humana. Tradicionalmente, a carta mostra uma figura demoníaca com chifres, muitas vezes com humanos acorrentados, simbolizando a escravidão aos desejos materiais e às ilusões.


Mitologia Mesopotâmica (c. 3000 a.C. - 500 a.C.)

Na antiga Mesopotâmia, Pazuzu é uma figura demoníaca conhecida como o rei dos demônios do vento. Embora ele seja uma entidade maléfica, também é invocado para afastar outros demônios. A carta do Diabo, com seu tema de tentação e ilusão, pode ser associada a Pazuzu, que simboliza a presença constante do mal e a luta para resistir à sua influência.


Mitologia Egípcia (c. 2700 a.C. - 30 a.C.)

Na mitologia egípcia, Set é o deus do caos, da violência e da desordem. Ele representa a força do mal e é frequentemente associado à destruição e à escuridão. A carta do Diabo, com seu foco em materialismo e tentação, ressoa com Set, que simboliza o caos e a desordem na natureza humana.


Mitologia Hindu (c. 1500 a.C. - presente)

Na tradição hindu, Rahu é uma entidade demoníaca associada aos eclipses e à escuridão. Ele é descrito como uma cabeça sem corpo que devora o sol e a lua, simbolizando a ilusão e a escuridão. A imagem do Diabo, com seu tema de ilusão e tentação, pode ser associada a Rahu, que simboliza a natureza enganadora e ilusória do mundo material.


Mitologia Chinesa (c. 1600 a.C. - presente)

Na mitologia chinesa, o demônio Hun Dun representa o caos primordial e a falta de ordem. Ele é uma figura de desordem e confusão, simbolizando a ausência de estrutura e a prevalência do caos. A carta do Diabo, com seu tema de ilusão e tentação, ressoa com Hun Dun, que simboliza o caos e a desordem que podem dominar a mente humana.


Mitologia Grega (c. 1200 a.C. - 146 a.C.)

Na mitologia grega, Hades é o deus do submundo e da morte. Embora não seja maligno, ele governa o reino dos mortos e é associado ao lado sombrio da existência. A carta do Diabo, com seu foco em ilusão e tentação, pode ser vista como uma representação das qualidades de Hades, que simboliza o lado escuro da natureza humana e a inevitabilidade da morte.


Mitologia Celta (c. 800 a.C. - 400 d.C.)

Na mitologia celta, Cernunnos é o deus da fertilidade, da vida selvagem e do submundo. Ele é frequentemente representado com chifres e é associado tanto à vida quanto à morte. A imagem do Diabo, com seu tema de materialismo e tentação, ressoa com Cernunnos, que simboliza os instintos primitivos e o lado selvagem da natureza humana.


Mitologia Romana (c. 753 a.C. - 476 d.C.)

Na mitologia romana, Plutão é o deus do submundo e das riquezas subterrâneas. Ele é uma figura que simboliza a riqueza material e o poder sobre o submundo. A carta do Diabo, com seu tema de materialismo e tentação, ressoa com Plutão, que simboliza a tentação das riquezas e o poder material.


Mitologia Nórdica (c. 800 d.C. - 1300 d.C.)

Na mitologia nórdica, Loki é o deus trapaceiro e é frequentemente associado ao engano, ao caos e à destruição. Ele representa a natureza enganadora e ilusória do mundo. A imagem do Diabo, com seu tema de ilusão e tentação, pode ser vista como uma representação das qualidades de Loki, que simboliza o caos e a desordem que podem dominar a mente humana.


Mitologia Japonesa (c. 500 d.C. - presente)

Na mitologia japonesa, Oni são demônios ou ogros que representam o mal e a punição. Eles são frequentemente descritos como seres malignos que trazem desgraça e destruição. A carta do Diabo, com seu foco em ilusão e tentação, ressoa com os Oni, que simbolizam as forças destrutivas e malignas que podem dominar a vida humana.


Mitologia Asteca (c. 1300 d.C. - 1521 d.C.)

Na mitologia asteca, Tezcatlipoca é um deus associado à escuridão, ao caos e ao engano. Ele é uma figura que representa a ilusão e a tentação, frequentemente em conflito com o deus Quetzalcoatl. A carta do Diabo, com seu tema de ilusão e tentação, ressoa com Tezcatlipoca, que simboliza a natureza enganadora e ilusória do mundo material.


Tradição Católica (c. 30 d.C. - presente)

No catolicismo, Satanás é a personificação do mal e da tentação. Ele é o adversário de Deus e o enganador da humanidade. A imagem do Diabo, com seu tema de ilusão e tentação, pode ser diretamente associada a Satanás, que simboliza a luta contra a tentação e o mal.


Mitologia Afro-brasileira (c. 1500 d.C. - presente)

Na mitologia afro-brasileira, Exu é uma figura complexa que representa a dualidade, a travessura e a comunicação entre os mundos. Embora não seja maligno, ele pode ser visto como um agente de caos e transformação. A carta do Diabo, com seu tema de ilusão e tentação, ressoa com Exu, que simboliza a natureza dual e a tentação da vida.


Conclusão


O Diabo é uma carta rica em simbolismo mitológico, oferecendo uma perspectiva profunda sobre tentação, materialismo, ilusão e o lado sombrio da natureza humana. Através das lentes das mitologias mesopotâmica, egípcia, hindu, chinesa, grega, celta, romana, nórdica, japonesa, asteca, afro-brasileira e da tradição católica, podemos ver como este arcano maior se conecta a temas universais de tentação e ilusão. Ao compreender esses símbolos, ganhamos uma visão mais rica e matizada das mensagens que o tarot tem a oferecer.

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