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A Torre Mitologia Completa



Descubra o simbolismo da Torre no Tarot, das destruições babilônicas às crises romanas. Ruína, revelação e renovação.

As cartas de tarot são repletas de simbolismos que transcendem culturas e eras. Elas carregam significados profundos e misteriosos que vão além das imagens superficiais. Neste artigo, exploraremos o simbolismo mitológico presente na carta da Torre, destacando elementos de várias mitologias e religiões, dispostos em ordem cronológica.


A Torre no Tarot

A Torre é a carta número dezesseis do tarot, representando ruptura, destruição, revelação e transformação repentina. Tradicionalmente, a carta mostra uma torre sendo atingida por um raio, com figuras caindo dela, simbolizando a queda das estruturas antigas e a necessidade de reconstrução.


Mitologia Mesopotâmica (c. 3000 a.C. - 500 a.C.)

Na antiga Mesopotâmia, a história da Torre de Babel é uma das mais conhecidas. Segundo a lenda, os humanos tentaram construir uma torre que alcançasse os céus, desafiando os deuses. Como punição, os deuses confundiram suas línguas e espalharam a humanidade. A carta da Torre, com seu tema de ruptura e destruição, pode ser associada à Torre de Babel, que simboliza a arrogância humana e a consequente queda.


Mitologia Egípcia (c. 2700 a.C. - 30 a.C.)

Na mitologia egípcia, a deusa Sekhmet é associada à destruição e à renovação. Sekhmet, enviada por Rá para punir a humanidade, quase destruiu o mundo antes de ser parada. A carta da Torre, com seu foco em destruição e transformação, ressoa com Sekhmet, que simboliza a destruição necessária para a renovação e a mudança.


Mitologia Hindu (c. 1500 a.C. - presente)

Na tradição hindu, Shiva é conhecido como o destruidor e regenerador do universo. Ele destrói o que é velho e desgastado para dar lugar ao novo. A imagem da Torre, com seu tema de destruição e revelação, pode ser associada a Shiva, que simboliza a necessidade de destruir o que não serve mais para permitir a renovação e a transformação.


Mitologia Chinesa (c. 1600 a.C. - presente)

Na mitologia chinesa, a história de Gong Gong, o deus das águas, envolve a destruição de uma coluna cósmica que sustentava o céu, causando grandes desastres naturais. A carta da Torre, com seu foco em destruição e transformação, pode ser associada a Gong Gong, que simboliza as forças destrutivas da natureza e a necessidade de reconstrução.


Mitologia Grega (c. 1200 a.C. - 146 a.C.)

Na mitologia grega, a história de Phaeton, filho de Hélio, envolve a tentativa de Phaeton de dirigir o carro do sol, resultando em caos e destruição até que Zeus o derruba com um raio. A carta da Torre, com seu tema de destruição e revelação, ressoa com a história de Phaeton, que simboliza as consequências de ambições desmedidas e a intervenção divina para restaurar a ordem.


Mitologia Celta (c. 800 a.C. - 400 d.C.)

Na mitologia celta, a destruição de Emain Macha, a capital dos Ulstermen, é uma história de traição e destruição que leva a uma mudança significativa. A carta da Torre, com seu foco em ruptura e transformação, pode ser comparada à destruição de Emain Macha, que simboliza a queda de uma ordem estabelecida e a necessidade de reconstrução.


Mitologia Romana (c. 753 a.C. - 476 d.C.)

Na mitologia romana, o mito da queda de Ícaro representa a destruição e a revelação. Ícaro, filho de Dédalo, voa perto demais do sol com suas asas de cera, resultando em sua queda fatal. A carta da Torre, com seu tema de destruição e revelação, ressoa com a história de Ícaro, que simboliza as consequências da hubris e a necessidade de humildade.


Mitologia Nórdica (c. 800 d.C. - 1300 d.C.)

Na mitologia nórdica, o Ragnarok é a destruição apocalíptica que leva ao fim do mundo e ao seu renascimento. Os deuses lutam contra as forças do caos, resultando na destruição do cosmos e sua subsequente regeneração. A imagem da Torre, com seu tema de destruição e transformação, pode ser vista como uma representação do Ragnarok, que simboliza a destruição necessária para a renovação.


Mitologia Japonesa (c. 500 d.C. - presente)

Na mitologia japonesa, a história de Susanoo e a destruição de seu palácio celestial representa a rebeldia e a consequente destruição. Susanoo, em um ato de rebeldia, destrói o palácio de sua irmã Amaterasu, resultando em caos até ser banido. A carta da Torre, com seu tema de destruição e transformação, ressoa com Susanoo, que simboliza a necessidade de lidar com a destruição para restaurar a ordem.


Mitologia Asteca (c. 1300 d.C. - 1521 d.C.)

Na mitologia asteca, a destruição de Tenochtitlán pelos conquistadores espanhóis representa uma grande ruptura e transformação na civilização asteca. A carta da Torre, com seu foco em destruição e revelação, pode ser associada à queda de Tenochtitlán, que simboliza a queda de uma ordem estabelecida e a necessidade de reconstrução.


Tradição Católica (c. 30 d.C. - presente)

No catolicismo, a história da Torre de Babel também é significativa. Representando a arrogância humana e a subsequente dispersão de povos, a Torre de Babel simboliza a intervenção divina para corrigir a presunção humana. A imagem da Torre, com seu tema de destruição e revelação, ressoa com esta história bíblica, que simboliza a necessidade de humildade e a aceitação das limitações humanas.


Mitologia Afro-brasileira (c. 1500 d.C. - presente)

Na mitologia afro-brasileira, Xangô é o orixá do trovão e da justiça, frequentemente associado à destruição de injustiças e renovação. Ele é uma figura que simboliza a necessidade de derrubar o que é injusto para restaurar a ordem e a justiça. A carta da Torre, com seu foco em destruição e transformação, ressoa com a energia de Xangô, que simboliza a necessidade de lidar com a destruição para alcançar a justiça e a renovação.


Conclusão


A Torre é uma carta rica em simbolismo mitológico, oferecendo uma perspectiva profunda sobre ruptura, destruição, revelação e transformação repentina. Através das lentes das mitologias mesopotâmica, egípcia, hindu, chinesa, grega, celta, romana, nórdica, japonesa, asteca, afro-brasileira e da tradição católica, podemos ver como este arcano maior se conecta a temas universais de destruição e renovação. Ao compreender esses símbolos, ganhamos uma visão mais rica e matizada das mensagens que o tarot tem a oferecer.

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