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A Justiça Mitologia Completa



Explore o simbolismo da Justiça no Tarot, das deusas egípcias aos sábios romanos. Equilíbrio, verdade e justiça.

As cartas de tarot são repletas de simbolismos que transcendem culturas e eras. Elas carregam significados profundos e misteriosos que vão além das imagens superficiais. Neste artigo, exploraremos o simbolismo mitológico presente na carta da Justiça, destacando elementos de várias mitologias e religiões, dispostos em ordem cronológica.


A Justiça no Tarot

A Justiça é a carta número oito (ou onze, dependendo do baralho) do tarot, representando equilíbrio, verdade, justiça e lei. Tradicionalmente, a carta mostra uma figura feminina segurando uma espada e uma balança, simbolizando a imparcialidade e a necessidade de equilíbrio e verdade nas decisões.


Mitologia Mesopotâmica (c. 3000 a.C. - 500 a.C.)

Na antiga Mesopotâmia, Shamash (ou Utu) é o deus do sol e da justiça. Ele é frequentemente retratado segurando uma balança, simbolizando a justiça e a verdade. Shamash é responsável por iluminar e esclarecer a verdade, garantindo a justiça e a ordem. A carta da Justiça, com seu foco em equilíbrio e verdade, pode ser associada a Shamash, que simboliza a imparcialidade e a justiça divina.


Mitologia Egípcia (c. 2700 a.C. - 30 a.C.)

Na mitologia egípcia, Maat é a deusa da verdade, justiça e ordem. Ela personifica a harmonia e o equilíbrio no universo, sendo frequentemente representada com uma pena, que é usada no julgamento das almas no submundo. A carta da Justiça, com seu tema de equilíbrio e verdade, ressoa com Maat, que representa a justiça cósmica e a ordem.


Mitologia Hindu (c. 1500 a.C. - presente)

Na tradição hindu, Yama é o deus da morte e o juiz dos mortos. Ele é responsável por julgar as almas e garantir que a justiça seja feita de acordo com o karma de cada indivíduo. A imagem da Justiça, com seu tema de equilíbrio e julgamento, pode ser associada a Yama, que simboliza a imparcialidade e a justiça no julgamento das almas.


Mitologia Chinesa (c. 1600 a.C. - presente)

Na mitologia chinesa, Xi Wangmu, a Rainha Mãe do Oeste, é uma figura de autoridade e justiça. Ela é responsável por manter a ordem e a justiça no universo, presidindo sobre a imortalidade e a harmonia. A imagem da Justiça, com seu tema de equilíbrio e verdade, pode ser associada a Xi Wangmu, refletindo a autoridade e a justiça divina.


Mitologia Grega (c. 1200 a.C. - 146 a.C.)

Na mitologia grega, Themis é a deusa da justiça, lei e ordem. Ela é frequentemente representada com uma balança e uma espada, simbolizando a imparcialidade e a necessidade de justiça. Themis é uma figura central no panteão grego, garantindo que a justiça seja mantida no cosmos. A carta da Justiça, com seu tema de equilíbrio e verdade, ressoa com Themis, que representa a imparcialidade e a ordem divina.


Mitologia Celta (c. 800 a.C. - 400 d.C.)

Na mitologia celta, a deusa Brigid é associada à justiça, à sabedoria e à cura. Ela é frequentemente invocada em questões de justiça e é vista como uma mediadora justa. A imagem da Justiça, com seu foco em equilíbrio e verdade, pode ser comparada à energia de Brigid, que simboliza a imparcialidade e a sabedoria na resolução de disputas.


Mitologia Romana (c. 753 a.C. - 476 d.C.)

Na mitologia romana, Justitia é a personificação da justiça. Ela é frequentemente retratada com uma balança e uma espada, simbolizando a imparcialidade e a justiça. Justitia é uma figura central na iconografia romana, garantindo que a justiça e a ordem sejam mantidas. A carta da Justiça, com seu tema de equilíbrio e verdade, ressoa com Justitia, que simboliza a imparcialidade e a ordem legal.


Mitologia Nórdica (c. 800 d.C. - 1300 d.C.)

Na mitologia nórdica, Forseti é o deus da justiça e da reconciliação. Ele é conhecido por sua capacidade de resolver disputas e garantir a justiça entre os deuses e os mortais. A imagem da Justiça, com seu tema de equilíbrio e julgamento, pode ser vista como uma representação das qualidades de Forseti, que simboliza a imparcialidade e a justiça na resolução de conflitos.


Mitologia Japonesa (c. 500 d.C. - presente)

Na mitologia japonesa, Omoikane é o deus da sabedoria e da meditação. Ele é frequentemente consultado em questões de justiça e é conhecido por sua capacidade de tomar decisões equilibradas e justas. A imagem da Justiça, com seu tema de equilíbrio e verdade, ressoa com Omoikane, que simboliza a sabedoria e a justiça na tomada de decisões.


Mitologia Asteca (c. 1300 d.C. - 1521 d.C.)

Na mitologia asteca, Tezcatlipoca é o deus do céu noturno e da justiça. Ele é uma figura complexa associada à justiça, à verdade e à ordem. A carta da Justiça, com seu tema de equilíbrio e julgamento, ressoa com Tezcatlipoca, que simboliza a imparcialidade e a justiça na manutenção da ordem cósmica.


Tradição Católica (c. 30 d.C. - presente)

No catolicismo, São Miguel Arcanjo é frequentemente associado à justiça e à proteção. Ele é o líder dos exércitos celestiais e é conhecido por derrotar as forças do mal, simbolizando a justiça divina e a proteção contra a injustiça. A imagem da Justiça, com seu tema de equilíbrio e verdade, pode ser associada a São Miguel, que simboliza a justiça e a proteção divina.


Mitologia Afro-brasileira (c. 1500 d.C. - presente)

Na mitologia afro-brasileira, Xangô é o orixá da justiça, do trovão e do fogo. Ele é uma figura de grande autoridade e é reverenciado por sua capacidade de garantir a justiça e a ordem. O Carro, com seu foco em controle e vitória, ressoa com a energia de Xangô, que simboliza a força e a capacidade de triunfar sobre os obstáculos com determinação.


Conclusão


A Justiça é uma carta rica em simbolismo mitológico, oferecendo uma perspectiva profunda sobre equilíbrio, verdade, justiça e lei. Através das lentes das mitologias mesopotâmica, egípcia, hindu, chinesa, grega, celta, romana, nórdica, japonesa, asteca, afro-brasileira e da tradição católica, podemos ver como este arcano maior se conecta a temas universais de justiça e imparcialidade. Ao compreender esses símbolos, ganhamos uma visão mais rica e matizada das mensagens que o tarot tem a oferecer.

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